Essa foto da Igreja me deu saudade. Peguei do arquivo pessoal da minha mãe. Lembro que quando era bem pequeno, eu e meu primo Cleber ficávamos espantando as maritacas que voavam de uma paineira para a outra.
Este Blog pretende exibir todas as informações das famílias Italianas que fazem parte de minha ascendência (Camillo, Polo, Polito, Zuanon e Fruggeri) e mais algumas informações sobre a imigração Italiana e a história da região de Ribeirão Preto-SP. Se você tem algo interessante, será um prazer publicar: Italiaguatapara@gmail.com
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
O Palacete de Fazenda Guatapará
A Fazenda Guatapará tinha duas casas-sede. A "antiga", e o palacete. Conversando com meu tio, relatou-me que a antiga quando desmanchada revelou esqueletos em seu contrapiso. Ou seja, em uma época em que a melhor maneira de se livrar dos inimigos era matando-os, quer melhor maneira de esconder os cadáveres dos inimigos importantes? Quem teria coragem de revistar a residencia do fazendeiro?
Agora o palacete. Que construção incrível. Eu não entendo muito de arquitetura, mas parece ser bem europeu o desenho. Lembrava algo francês, algo Lombardo. Enfim, era bonito pra caramba.
As fotos aqui em sua maioria foram obtidas na internet. Para ilustrar a importância da Fazenda e de sua sede, observem essa foto de 1933, quando o então Embaixador do Japão visitou a Fazenda:
O Rei Albert da Belgica plantando uma muda de árvore em seu jardim em 1920:
Uma comitiva francesa
Outro grupo de pessoas numa foto de 1917, no inicio de sua escadaria:
E Santos Dumont em uma visita em 1922:
Sua demolição faz parte do da tragédia que envolve a falta da Fazenda. Outra foto antiga do palacete:
Seu interior possuía objetos de grande valor artístico e cultural. Tenho aqui na minha casa 3 livros que pertenceram a sua biblioteca (sobre arte - Leonardo, Picasso e Gauguin). Não considere a pessoa que pegou o livro para si um ladrão, mas pensem - salvaram essas relíquias. O que teria acontecido com todos estes objetos que estavam lá? Suas louças, móveis....
Encontrei o trabalho de um pesquisador da USP que além dos croquis, encontrou um inventário das arvores plantadas em seu pequeno horto, cada qual com seu patrono. A maioria destas arvores também foram cortadas:
Quem sabe um dia construo uma casa ao inspirada nessa jóia que não mais existe.
Gostaria de agradecer e ao mesmo tempo pedir permissão de todos os divulgadores destas imagens, que permitiram que pudesse conhecer mais essa casa que tanto ouvi meus pais comentarem.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Os desembarques da Família
Nós chegamos a eleger um presidente aqui no Brasil que dentre seus argumentos, dizia-se um sofrido imigrante, que veio no pau-de-arara do Nordeste, etc, etc, etc.
Não que o pau-de-arara seja agradável, mas se fosse esse um argumento realmente adequado para a eleição de um presidente o sofrimento do imigrante, teríamos milhões de presidentes aqui. Imagine você deixando a terra de sua família, convertendo sofrimento em esperança. Chegar numa terra, em que sequer falariam sua língua, com uma, duas ou três pequenas malas. Contando os filhos, o volume humano era as vezes maior que o volume de pertences. Ou seja, Italianos para Presidente do Brasil!!!!
Pelos registros de óbitos, era notório que ao chegarem aqui, muitas vezes as famílias perdiam a maioria de seus membros com as doenças infecto-contagiosas a qual pouco possuíam resistência.
Para localizar os desembarques da minha família, a maior dificuldade foi entender os sobrenomes incorretamente listados nos livros da hospedaria dos migrantes de São Paulo. Louvável é a divulgação destes registros no site da instituição. O problema é que na época escreviam-se os nomes como supunha-se, sem comprovações através de outros documentos.
Os Frigeri foram corretamente grafados. Os Zuanon viraram Zaccanon. Polo então, virou Pallo. Camillo, não tenho dados até o momento infelizmente.
Sobre os Polo, vieram no navio Le France em 06/05/1887. Foi neste registro que descobri os outros dois irmaos de meu nonno Lino:
Livro | Página | Família | Chegada | Sobrenome | Nome | Idade | Sexo | Parentesco | Nacionalidade | Vapor | Est.Civil | Religião |
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005 | 198 | 49930 | 06/05/1887 | PALLO | PIETRO | 51 | MDº. | ITALIANO | LA FRANCE | C | ||
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005 | 198 | 49930 | 06/05/1887 | ANTONIA | 48 | MER. | ITALIANO | LA FRANCE | C | |||
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005 | 198 | 49930 | 06/05/1887 | STELLA | 17 | Fº. | ITALIANO | LA FRANCE | S | |||
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005 | 198 | 49930 | 06/05/1887 | GIOVANNI | 15 | Fº. | ITALIANO | LA FRANCE | S | |||
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005 | 198 | 49930 | 06/05/1887 | DOMENICO | 11 | Fº. | ITALIANO | LA FRANCE | S | |||
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005 | 198 | 49930 | 06/05/1887 | LINO | 8 | Fº. | ITALIANO | LA FRANCE | S |
Os Zuanon vieram em 03/08/1892 no vapor Andrea Doria. Outro erro grotesco foi considerar a minha bisavó Giulia como um menino, Giulio.
Livro | Página | Família | Chegada | Sobrenome | Nome | Idade | Sexo | Parentesco | Nacionalidade | Vapor | Est.Civil | Religião |
034 | 131 | 01301 | 03/08/1892 | PAOLO | 16 | FILHO | ITALIANA | A. DORIA | NÃO CONSTA | |||
034 | 131 | 01301 | 03/08/1892 | ENRICHETTA | 42 | ESPOSA | ITALIANA | A. DORIA | NÃO CONSTA | |||
034 | 131 | 01301 | 03/08/1892 | ZACCANON | ANGELO | 42 | MARIDO | ITALIANA | A. DORIA | NÃO CONSTA | ||
034 | 131 | 01301 | 03/08/1892 | GIULIO | 07 | FILHO | ITALIANA | A. DORIA | NÃO CONSTA | |||
034 | 131 | 01301 | 03/08/1892 | CORRADO | 09 | FILHO | ITALIANA | A. DORIA | NÃO CONSTA | |||
034 | 131 | 01301 | 03/08/1892 | FRANC.o | 13 | FILHO | ITALIANA | A. DORIA | NÃO CONSTA |
Os Frigeri chegaram aqui no vapor Bourgogne em 27/02/1887. Foram os únicos escritos corretamente nos autos.
Livro | Página | Família | Chegada | Sobrenome | Nome | Idade | Sexo | Parentesco | Nacionalidade | Vapor | Est.Civil | Religião |
![]() | ||||||||||||
005 | 155 | 46790 | 27/04/1887 | FRIGERI | SILVERIO | 29 | Mº | ITALIANA | BOURGOGNE | C | ||
![]() | ||||||||||||
005 | 155 | 46790 | 27/04/1887 | GOTTARDELI | ISIDA | 26 | MR. | ITALIANA | BOURGOGNE | C | ||
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005 | 155 | 46790 | 27/04/1887 | ANGIOLINA | 4 | Fº. | ITALIANA | BOURGOGNE | S | |||
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005 | 155 | 46790 | 27/04/1887 | ELISABETTA | 3 | Fº. | ITALIANA | BOURGOGNE | S | |||
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005 | 155 | 46790 | 27/04/1887 | ANTONIO | 1 | Fº. | ITALIANA | BOURGOGNE | S |
No mesmo navio, um mistério a investigar: seria Archidoro Frigeri um irmão? Ele também possuíam uma filha de nome Elisabetta:
Livro | Página | Família | Chegada | Sobrenome | Nome | Idade | Sexo | Parentesco | Nacionalidade | Vapor | Est.Civil | ||
![]() | |||||||||||||
005 | 155 | 46780 | 27/04/1887 | ELISABETTA | 1 | Fº. | ITALIANA | BOURGOGNE | S | ||||
![]() | |||||||||||||
005 | 155 | 46780 | 27/04/1887 | CAMIANI | EMILIA | 26 | MR. | ITALIANA | BOURGOGNE | C | |||
![]() | |||||||||||||
005 | 155 | 46780 | 27/04/1887 | FRIGERI | ARCHIDORO | 37 | Mº | ITALIANA | BOURGOGNE | C |
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Os Frigeri - a Família da bisavó "Fina"
A Familia Frigeri ainda tem muitos detalhes a serem descobertos. Minha bisavó materna, Delphina nasceu no Brasil, na cidade de Batatais-SP. Seus pais se chamavam Silverio Frigeri e Isida Goterdelli. Ela se casou com Joaquim Borges, que representa um outro grande problema na minha árvore genealógica, mas isso é uma outra história.
A foto abaixo é a unica que possuo da minha bisavó Delphina, junto com meu bisavô Joaquim e alguns de seus filhos. Ela foi tirada na cidade de Jardinópolis/SP. Ela se parecia muito com minha avó Iolanda, cuja foto segue abaixo também (comigo e com meu avô):
Tenho uma foto que suponho ser deles (Silverio e Isida), a qual não posso afirmar com certeza. Com certeza é a foto mais antiga da minha coleção. Atrás dela estava escrito "Olhe minha roupa nesta photografia". A senhora magrinha do lado é minha Trisavó Maria Delphina Junqueira. Diz a lenda familiar que foi deserdada por casar-se com meu trisavô, um pobre coitado aos olhos da rica família Junqueira, tradicional no interior de São Paulo.
Silverio Frigeri, meu trisavô veio de alguma cidade da região de Mantova, tendo nascido provavelmente em 1858. Isida, sua mulher nasceu em 1860. Creio que a mãe de Silverio se chamava Elisabetta, visto que no mesmo navio veio uma segunda Familia Figeri - Archidoro Frigeri e Emilia Camiani, sendo que ambos possuiam uma filha de mesmo nome. Provavelmente uma homenagem à mãe em comum.
Sei que vieram para o Brasil, desembarcando do navio Bourgogne em 27/04/1887 com 3 filhos: Angiolina (1883), Elisabetta (1884) e Mario Antonio (1886). Ao desembarcarem parecem ter imigrado inicialmente para a região de Pirassununga/SP, onde há o registro do nascimento do meu tio bisavô Cesar, conforme registro de batismo na Paroquia Bom Jesus dos Aflitos, Brazil em 21/12/1890.
MInha bisavó Delphina contribuiu para a culinária da minha casa, visto que sendo mãe da minha avó Iolanda, exerceu logicamente sua influencia em minha mãe. Devia saber muito de cozinha. Pelas minhas pesquisas, creio que vieram da região famosa pelo risoto.
O destino de Silverio e Isida ainda são um mistério, que pretendo descobrir.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Os Africanos em nossa região
Segue a relação dos primeiros óbitos de Africanos claramente identificados pela arquidiocese de Ribeirão Preto. O primeiro livro disponibilizado no site da igreja mormon referente à paróquia de Ribeirão Preto era apenas de escravos.
Data | Nome | Pai | Mãe | Nascimento | Idade | Sepultamento | Cônjuge | Observação |
30/09/1882 | João Fernandes | Africa | 110 anos | Cemiterio D´esta Villa | ||||
25/08/1880 | Felipe de Tal | Africa | 60 anos | Cemiterio D´esta Villa | de Nação Africano | |||
12/10/1891 | Ignacio | desconhecida | Africa | 60 anos | Cemiterio D´esta Parochia | Fortunata | faleceu de enforcamento. Primeiro suicidio documentado | |
12/01/1885 | Serafim (Escravo) | Africa | 60 anos | Cemiterio D´esta Villa | ||||
14/05/1883 | Joaquim (Escravo) | Africa | 65 anos | Cemiterio D´esta Villa | ||||
08/06/1887 | João Pedro (Liberto) | Africa | 60 anos | Cemiterio D´esta Villa | Rita (Liberta) | |||
31/07/1887 | Joaquina | Africa | 70 anos | Cemiterio D´esta Villa | ||||
20/08/1887 | Roza (Liberta) | Africa | 61 anos | Cemiterio D´esta Villa | ||||
07/06/1885 | Bernardo | desconhecida | Africa | 70 anos | Cemiterio D´esta Parochia | |||
31/10/1891 | Marianna | Africa | 75 anos | Cemiterio D´esta Parochia | ||||
13/02/1891 | Luiza | desconhecida | Africa | 100 anos | Fazenda de Dona Francisca do Val | João | ||
19/01/1892 | Mathias Jose da Silva | desconhecida | Costa d´Africa | 100 anos | Cemiterio D´esta Parochia | |||
30/11/1890 | Manoel | desconhecida | Costa da Africa | 80 anos | Cemiterio D´esta Parochia | |||
25/02/1892 | Luciano Alves | desconhecida | Africa | 70 anos | Fazenda do Cap. Guimarães | |||
29/05/1892 | Antonio Africano | Africa | 58 anos | Fazenda de Francisco Jose da Silva | Domingas | |||
13/07/1892 | Thereza Africana | Africa | 90 anos | Cemiterio D´esta Parochia | ||||
14/07/1892 | João | desconhecida | Africa | 70 anos | Cemiterio D´esta Parochia | Rita | ||
22/09/1892 | Gabriel Africano | desconhecida | Africa | 70 anos | Cemiterio D´esta Parochia | |||
07/10/1892 | Benedicta Africana | Africa | 60 anos | Chacara do Sr. Ferreira Junior | Thimoteo | |||
08/10/1892 | Timotheo | Africa | 50 anos | Chacara do Sr. Ferreira Junior | Benedicta | |||
30/05/1891 | Jose | desconhecida | Africa | 100 anos | Cemiterio D´esta Parochia | |||
27/11/1892 | Emydio | desconhecida | Africa | 80 anos | Cemiterio D´esta Parochia | Eva | ||
17/03/1893 | Domingos Africano | Africa | 70 anos | Fazenda de Jose Maximiniano Teixeira de Andrade | ||||
19/03/1893 | João Candido da Silva | desconhecida | Africa | 70 anos | Cemiterio D´esta Parochia | |||
05/09/1893 | Mathias Africano | desconhecida | Africa | 80 anos | Cemiterio Desta Parochia | Maria Africana | ||
23/11/1893 | João Africano | desconhecida | Africa | 60 anos | Fazenda de Manoel Gonzaga de Souza Meirelles | Casado | ||
02/01/1894 | Jose Africano | desconhecida | Africa | 60 anos | Fazenda de Joaquim da Cunha Diniz Junqueira | |||
04/01/1894 | Manoel da Costa | desconhecida | Africa | 90 anos | Cemiterio Municipal | Maria Rita | ||
28/08/1893 | Geraldo | desconhecida | Africa | 80 anos | Cemiterio D´esta Parochia | |||
24/06/1893 | Silverio | desconhecida | Africa | 80 anos | Cemiterio D´esta Parochia | |||
13/02/1895 | Antonio | desconhecida | Africa | 70 anos | Cemiterio Municipal | |||
21/03/1895 | João Ribeiro | desconhecida | Africa | 80 anos | Chacara de João Ribeiro | Rita Ribeiro | ||
12/10/1895 | João | desconhecida | Africa | 70 anos | Cemiterio Municipal | |||
26/09/1894 | Gabriela Maria de Jesus | desconhecida | Africa | 100 anos | Cemiterio Municipal | |||
05/06/1895 | Emiliano Leitão | desconhecida | Africa | 70 anos | Fazenda de Carlos Belarmino de Almeida | |||
12/12/1895 | Victorio | desconhecida | Africa | ignorada | Cemiterio Municipal | |||
10/11/1897 | Joanna da Costa | desconhecida | Africa | 100 anos | Cemitério não identificado | |||
12/01/1898 | Dominciano d´Almeida | desconhecida | Africa | 70 anos | Cemitério não identificado | |||
20/10/1901 | Joaquina | desconhecido | Africa | 90 anos | Cemitério Municipal | era negra e teve morte atestada por médico, Dr. Cezar | ||
11/01/1902 | Agostinho da Costa | desconhecido | Africa | 80 anos | Cemitério Municipal |
Os cemitérios (e a memória) destruídos pelo Açucar
Coordenadas -21.494463, -47.941013. O que é hoje apenas um monte de árvores no meio de uma plantação de eucaliptos é na verdade um exemplo do descaso: aí é o cemitério da fazenda Guatapará. Esquecido e abandonado, ficou lá.
Segundo meu pai, quando a fazenda seria "desmanchada", os moradores da fazenda foram convidados a transladar os seus parentes falecidos para o então novo cemitério da cidade de Guatapará. Isso no final da década de 80. Ou seja, nesses mais de 110 anos, a Fazenda Guatapará teve muita gente, muitas famílias.
Como muita gente morreu neste lugar, várias pessoas de famílias que sequer sabiam que seus antepassados estivessem lá. Italianos, Austríacos e Alemães. Todos esquecidos.
Nesse mesmo mapa, há menção de um cemitério "velho". Imaginem algo que era considerado velho em 1913. Considerando que esse lugar era ponto de estabelecimento de Italianos, esses locais eram registros de nossa história.
Tudo destruído pelo poderio açucareiro. Tudo destruído pela ganância e pela falta de respeito pelos donos do açúcar aqui em Ribeirão Preto.
Segundo meu pai, quando a fazenda seria "desmanchada", os moradores da fazenda foram convidados a transladar os seus parentes falecidos para o então novo cemitério da cidade de Guatapará. Isso no final da década de 80. Ou seja, nesses mais de 110 anos, a Fazenda Guatapará teve muita gente, muitas famílias.
Como muita gente morreu neste lugar, várias pessoas de famílias que sequer sabiam que seus antepassados estivessem lá. Italianos, Austríacos e Alemães. Todos esquecidos.
Mas pensa errado que esse foi o único cemitério destruído pelo açúcar A ganância das usinas de açúcar possibilitou que a memória fosse esquecida. Inúmeras fazendas foram destruídas, seja para forçar o êxodo rural, seja para aumentar a área de cana plantada.
Tenho conhecidos que trabalharam para uma usina da região para destruir cemitérios, muitos deles cheios de registros dos Italianos que chegaram aqui nas fazendas de Ribeirão Preto. Um de meus primos se lembra do barulho do implemento do trator, à noite, destruindo as sepulturas. Tudo literalmente às escuras, para ninguém perceber.
Há um outro registro. No site do memorial do migrante há um mapa de uma fazenda, que hoje é usina de açucar. Esse mapa é de 1913. E nele se encontram registrados 2 cemitérios sendo um deles abaixo, num antes e depois:
Nesse mesmo mapa, há menção de um cemitério "velho". Imaginem algo que era considerado velho em 1913. Considerando que esse lugar era ponto de estabelecimento de Italianos, esses locais eram registros de nossa história.
O local ainda possuía uma estação de trem aberta em 1901 e outra, mas próxima a esse segundo cemitério, fundada em 1930 e demolida em 1990. A primeira foto é da mais antiga. Essas fotos das estações estão no site http://www.estacoesferroviarias.com.br, um maravilhoso repositório de informações sobre nossas antigas estações.
Tudo destruído pelo poderio açucareiro. Tudo destruído pela ganância e pela falta de respeito pelos donos do açúcar aqui em Ribeirão Preto.
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