Abrir uma garrafa de um Brunello é uma sensação maravilhosa. Ao menos para quem gosta de vinho. Bem verdade que vinho bom é o que te agrada, mas nós nascidos no Brasil sofremos muito com o vinhos ruins ao longo do tempo. Atire a primeira pedra que nunca bebeu aqueles vinhos de garrafões de 5 litros, que cheiravam à álcool.
Após anos da salvaguarda (ridícula, típica de países subdesenvolvidos) do governo para proteger o "nosso vinho", penso que surgiram algumas coisas ruins ao longo da história:
- A primeira é que o mercado privou nossas vinícolas de competir e sentir a necessidade de evoluir por força de mercado. Temos bons vinicultores no Sul e provei rótulos do Vale do São Francisco que me agradaram, e se tivessem competido a mais tempo seriam melhores ainda
- Desenvolvemos um paladar à lá Sangue de Boi. Alguns vinhos são feitos com as uvas de mesa, que são diferentes das uvas viníferas, e eles eram nosso padrão na época do mercado fechado, ao menos para nós, menos abastados
- Ao abrir o mercado, nos inundaram com Chilenos e Argentinos de quinta categoria. Vale lembrar que esses países possuem vinhos maravilhosos
- Hoje, compramos um vinho italiano a R$ 30,00 e achamos ter comprado um vinho excelente. Balela.
Com a desculpa de proteger-se novamente, quase o governo brasileiro a pedido da IBRAVIN criou uma segunda medida protetiva. Graças a Deus não pegou, iria ser uma puta cagada (com o perdão da palavra) da Dilma.
Mas no nosso décimo terceiro podemos ainda comprar um Brunello. Na Itália existem as denominações DOC e DOCG (Denominações de Origem Controlada (Boa) e Garantida (Melhor ainda)), e os Brunellos DOCG, feitos com a uva Sangiovesse Grosso são espetaculares. Aconselho fortemente a prová-los, é maravilhoso.
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