quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A Morte de Rosa Taurico

Meu trisavô teve 3 (sim, 3) casamentos. Em uma época que nem se cogitava existir algo como a televisão ou mesmo luz elétrica, isso deveria ser mesmo a diversão da moçada. Falando sério, tanto para homens e principalmente para mulheres, a falta de um parceiro(a) era de imenso desfavor no sustento dos filhos e do próprio sustento. As pessoas precisavam mais umas das outras (e quem sabe isso não seria o segredo dos casamentos durarem mais em relação aos de hoje. Afinal, quando percebemos o quão importante é o papel dos outros em nossa vida, mais difícil abandonar os relacionamentos).

Com ajuda de pesquisadores na Itália descobri que Pietro Polo se casara inicialmente com Anna De Bortoli. Essa informação surgiu graças aos dados do segundo do casamento dele, em que essa viuvez era mencionada. Nos controle de imigração não temos nenhum registro de um Polo que tenha essa mãe e pai em comum.

O casamento com Rosa Taurico ocorreu em 06/11/1867,conforme essa foto do registro do livro de matrimônios da paróquia da frazione di La Salute di Livenza, em San Stino di Livenza:


Filha de Teodoro Taurico e Laura Bruzatin, o registro é incompleto, não possuindo sua data de nascimento. Cita apenas sua naturalidade, nascendo em San Giorgio di Caorle. Posteriormente descobri que ela se casara com 20 anos (o meu trisavô tinha 32).

Depois de pesquisar um pouco, descobri o falecimento dela, 10 anos depois de se casar. Em 09/01/1877, falece Rosa Taurico, de 30 anos completos em San Stino. No registro cita-se "maritata da Polo":



O registro afirma que nasceu em Cavazzucherina (atual Jesolo) ao invés de Caorle. Se confirmam os nomes dos pais, mas o registro não cita nomes de filhos. Sabe-se até o momento que era mãe de Giovanni Batista, o irmão mais velho do nonno que veio para o Brasil primeiro, e que meu primo Mario se recorda vagamente dele ter retornado para servir ao Exercito do Reino da Itália.

Suponho que tivera mais filhos, em um casamento de 10 anos. Porém, não achei até o momento outros dados. Pietro seria pai novamente em 1879 e se casaria novamente apenas em 1886, provavelmente para se adequar as listas de imigração e pelas leis da época, legitimar o filho Lino Polo.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

O Casamento de Silverio e Iside

Em setembro de 1882 Thomas Edison realizou seu épico momento de marketing sobre a eletricidade, iluminando um pedaço de Nova Yorque. Poucos dias depois, em 08/09/1882, meus trisavós Silverio Fruggeri e Iside Gottardelli se casariam na cidade de Castel d´Ario, Mantova (ou seja, há muito tempo). O registro é maravilhoso.

Primeiro os dados de Silverio. Com então 24 anos, era filho de Antonio (52 anos) (e diga-se alterou meus estudos, porque deduzia que seu pai se chamava Pietro), e de Angela Caporali (50 anos). Um fato muito curioso é que no endereço dos pais, o juiz assinou como "America Meridionale". Isso quer dizer que seus pais estavam morando na América do Sul em 1882, numa primeira onda de migração que sequer tenho documentos: 


Já Iside, 21 anos, era filha de Luigi Gottardelli (50) e Bettiglia Vivaldi, residentes em Castel d´Ario. Além de confirmar o raro sobrenome (segundo o atual censo da Itália, apenas 79 pessoas vivas com esse sobrenome atualmente), me trouxe o nome de meus tataravós, que não tinha até então. Outro fato curioso é que a profissão de Luigi era "Cacciatore", ou seja, caçador:


Ainda no final, cita-se que os documentos de nascimento foram fornecidos pelas paróquias de Caste ´Ario (ele) e da Frazioni (Qual delas?) de Roncoferraro.

Mais dados para pesquisa, deste registro maravilhoso.

Mais sobre os FRUGGERI

O sobrenome Fruggeri é também muito antigo. Segundo o instituto de aráldica italiano, trata-se de um sobrenome de origem normanda. Cristoforo Fruggeri era padre e escritor canônico na Basílica de São Pedro em Roma em 1461. Giovanni Fruggeri foi marechal em Roma eleito pelo Rei Carlo I, e Giulio Fruggeri foi sacristão do Papa Pio V e do Rei Segismundo I da Polônia em 1570.


Na história mais recente, em pesquisa no archivio di stato di Mantova (e graças aos dados do documento da minha tia bisavó Giuditta Angiolina), encontramos o nascimento de seu irmão, Mario Antonio, nascido em 1886: 

http://ricerchefamiliari.lombardinelmondo.org/images/minus2.gif 002
FRUGGERI
MARIO
1886
MANTOVA
Maternità
Paternità
Data Nascita
Comune Nascita
Comune Residenza
GOTTARDELLI ISIDE
SILVERIO
5/10/1886
CASTEL D'ARIO (MN)
CASTEL D'ARIO (MN)

A confirmação da cidade de Castel d´Ario como cidade de origem facilitou as coisas. Ainda no Arquivo consegui o digital do índice de nascimentos dos irmãos Elisabetta, Mario Antonio e Giuditta Angiolina. O curioso é Elisabetta ser grafada como Frigeri:


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Mais uma descoberta: Não é Frigeri. É FRUGGERI

Eu não havia percebido. E estava o tempo todo na minha frente. Pra ser sincero, até achei que tratava-se de um erro a primeira vez que vi.

Quando busquei os dados de registro de óbito de minha bisavó Delphina, me deparei com Frugeri, ao invés de Frigeri, que todo mundo dizia ser correto.

Percebi depois que nos registros de nascimento de minha bisavó e no registro de seu irmão Cesar, o mesmo Frugeri.

E pesquisando direto, descobri algo muito interessante: Minha tia bisavó que desembarcara em 1887 viajou para o exterior ainda em 1942. A menina registrada como Angiolina se chamava Giuditta Angiolina Fruggeri.

No site da igreja mórmon encontrei a ficha do DOPS com dados muito interessantes, como a confirmação de sua idade, a também confirmação de sua origem Mantovana e que vivia em Ribeirão Preto.


 Outro dado interessante é a confirmação do nome de minha trisavó: Iside Gottardelli.