quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dove non c'è vino.....Birra dal Ribeirão Preto!!!!!!!!!!!!!!!

Todo mundo conhece Ribeirão Pelo chope do Pinguim, que aliás é muito bom. Essa casa é mais uma das muitas heranças da Cervejaria Paulista, a Antarctica, que se fixou aqui no ano de 1911. A cidade girou por muito tempo por volta dela. Míticas serpentinas levariam a bebida direto da fábrica ao Pinguim, as sirenes que regulavam não só a fábrica, mas o horário da cidade, onde alguns não usavam sequer relógio - confiavam mais na fábrica que em seus dispositivos.

Mas muito se engana quem pensa que foi essa fábrica que iniciou a tradição cervejeira aqui nesta minha terra....

Ribeirão está em cima do famigerado - e muito maltratado (principalmente pelo DAERP, né prefeita?) aquífero guarani. Fica entre os rios Mogi-Guaçu e Pardo. Ou seja, água de qualidade, sempre teve. E em uma terra onde a uva não se adapta tão bem em função do calor, o que devemos beber? Essa pergunta deve ter sido feita pelos nossos fratelli nos anos 1880-90. A resposta foi clara: Birra!!!!!!!!!!

Extraído do site: http://www.dihitt.com/barra/fabrica-de-cerveja-livi-bertoldi

"O hábito de beber cerveja fora introduzido na cidade de Ribeirão Preto pelos imigrantes, eles a fabricavam de maneira artesanal, até surgirem as primeiras indústrias, que se tornaram algumas das mais importantes da cidade. Desde 1878, funcionava na vila uma pequena fábrica artesanal de cerveja, mas a bebida, ruim de doer, era mais utilizada como remédio contra febre. Em 1892 haviam dois pequenos fabricantes de cerveja no núcleo colonial. Então os imigrantes italianos, que sentiam falta do vinho, mas não pensavam em plantar uvas naquele febrão do Sol, ousaram fabricar uma cerveja de qualidade, a primeira grande fábrica fundada foi a de Livi & Bertoldi, tendo sido a terceira fábrica da cidade.

Quarto Bertoldi nasceu em Lavarone, Itália, no dia 27 de julho de 1876. Filho de Ezequiel Bertoldi e Anastácia Bertoldi, chegou ao Brasil no dia 26 de novembro de 1890 desembarcando no porto de Santos com 14 anos de idade, se deslocando para São paulo onde residiu e trabalhou em casas comerciais até 1896.
Em 1896, chegou a Ribeirão Preto para visitar os amigos e ficou.
Em 1900, Quarto Bertoldi associou-se a Salvatore Livi (Salvador) e fundaram uma fábrica de cerveja de alta fermentação, gazosas, licores e xaropes que, em algumas décadas, traria fama àquele italiano e se transformaria, como até hoje o é, numa referência simbólica nacional e produto de grande consumo na cidade. Esta cervejaria esteve situada à Rua Capitão Salomão, na área conhecida como Barracão, onde nessa época começava a se configurar o eixo de comércios e indústrias da terceira seção do Núcleo Colonial Antonio Prado, ela veio se reunir às outras três cervejarias já existentes no Núcleo: a de João Bernardi & Irmão, a de João Betoni localizadas no Barracão e a de Ernesto Esquibole localizada no Tanquinho."


Ou seja, nos anos 1900 existiam pelo menos 3 micro-cervejarias em RIbeirão, em iniciativa de famílias como Bertoldi, Livi, Bernardi, Betoni e Squibole...

Aqui, graças a Deus, as cervejarias artesanais estão retornando, e voltando a se destacar numa luta desigual com as mega-cervejarias, que produzem uma água amarela com álcool de milho que elas chamam de cerveja...

Hoje temos aqui a Colorado, a Lund e a Invicta. Artesanais, maravilhosas e sem milho, soja, álcool injetado e todos os outros aditivos que as grandes cervejarias colocam para a população massiva e acéfala se embebedar.

Eu gostaria de sugerir à elas alguma cerveja em homenagem à Italia. Não sou especialista, mas quem sabe algo de pignoli, avelã, sabe mais o que...que combine com presunto cru e parmesão...

Se criarem, me convidem para o primeiro gole.....