segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O Maravilhoso Depoimento de Olga Polito

O mesmo Vanderlei, que gentilmente forneceu as fotos antigas da família do irmão do meu bisavô trouxe outra raridade. Para mim, é uma jóia, um capricho que apenas alguém com muita consciência da importância da história poderia fazer.

Trata-se de um depoimento riquíssimo, e que estudarei e comentarei em partes em outros posts. Traz informações do passado, que se mistura ao presente.

Pelo documento, esse depoimento de Olga Polito Souza, filha de João Polito, sobrinha de meu bisavô, foi tomado em 25/10/1997. A redação é um pouco confusa, mas muito rica. Dá para imaginar a velhinha recordando e falando as informações desencontradas.

Comentarei o texto em posts, aos poucos. É realmente lindo (segue em sua íntegra):

Os Prados (Família) moravam em Guatapará

A Família Toquini, morava entre Guatapará e a Fazenda das Flores.

João Polito comprou um Sítio perto de Ibirá. Para ir a Guatapará, tinha que passar pela Fazenda das Flores, onde moravam os Coffani (Daí a união das duas Famílias, através de Vicente e Augusta).

Um trabalhador falou para o João Polito que marcasse seu gado, senão o Toquini ia dizer que ele roubou seu gado.

Tia Olga contou da existência de um livro que falava sobre fatos da Fazenda Guatapará, e que em certo ponto mencionava, dizia: "TELHAS E TIJOLOS FABRICADOS POR JOÃO POLITO. TELHAS E TIJOLOS FABRICADOS COM AMOR".

Tio Ricardo, moleque, dizia que era fácil fazer tijolos. O vovô respondia: "vai lá, ver se é fácil".

Quando mudaram para Ibirá, conheceram a Família Coffani. Então foi que vicente e Augusta se casaram (Fazenda das Flores). Para ir onde moravam os Polito, passavam em frente à Fazenda das Flores. 

João Polito tinha um gramofone em Guatapará. Ele ia de Guatapará a Guaranésia com o Eudes, filho do tio Ricardo, Irmão da mamãe Augusta, neto dele.

Usava o gramofone. Era o maior sucesso. Ia de Guatapará a Ribeirão Preto, fazer compras. Levou o gramofone e pôs para tocar. Foi um acontecimento!

A vovó Angela fazia polenta para os empregados. Cozinhava muito bem.

Depois, o João Polito mudou-se para Guaranésia e montou a padaria. Certo dia, um ex-empregado da fazenda das flores apareceu casualmente na padaria. Sem saber de nada, engenharam um papo. A certa altura, ele disse que só conheceu um homem muito bom, que dava presentes aos empregados e que se chamava João Polito. Então, o vovô perguntou-lhe se era capaz de reconhecer o João Polito, se o encontrasse. Ele disse: "Não sei". O vovô retrucou: "sou eu..."