sexta-feira, 29 de março de 2013

Giovanni Battista Polo - seria ele a chave?

Como já disse, encontrei meu tio bisavô Giovanni Battista, após bom tempo de busca. Esse meio irmão de meu bisavô pode fornecer uma pista importante de onde parte de minha família se fixou, e quem sabe o local do falecimento de meu trisavô.
Um detalhe importante: no velório de meu primo Olívio em Rincão (infelizmente famílias numerosas só se encontram hoje em dia por força de velório....), minha prima Terezinha disse que sua mãe havia comentado certa vez que a mãe do nonno, minha trisavó estaria sepultada em Mogi-Mirim ou Mogi-Guaçu, mas com leve fé de ter sido realmente na primeira cidade.
Meu primo Mário também havia citado esse irmão que aparentemente desertara do serviço militar Italiano, para ajudar no soldo da família. Mas ao estudar os registros de migração mais de perto, notei algo curioso:
No registro do Archivio di Venezia encontrei seu registro migratório, mas no registro de Italiano não há a data do embarque. Ao tentar encontrar tal registro no memorial do Migrante de São Paulo, encontrei apenas um Giovanni Battista "Pallo", cuja idade se assemelha ao meu tio bisavô, e pode ter a chave do mistério:

No registro do Archivio di Stato di Venezia

Polo Giovanni Battista
di professione: Villico

figlio di Polo Pietro di professione Villico e Taurico Rosa
Nato il 19/06/1871
Luogo di nascita: Caorle (Venezia)
Distretto Mandamento: Portogruaro
Luogo di residenza: Caorle (Venezia)
Distretto Mandamento: Portogruaro
Numero di estrazione: 506
Lista di leva del comune di: Caorle
Numero del registro: 153
Numero d'ordine: 32
Segnatura: Ufficio di leva di Venezia, Liste di leva

  
Em seu suposto desembarque em São Paulo:

Livro
 
004
Página
 
072
Família
 
40020
Número Ordem
 
1
Chefe
 

Sobrenome
 
PALLO
Nome
 
GIO BATTA
Parentesco
 

Nacionalidade
 
ITALIANO
Idade
 
22
Estado Civil
 

Procedência
 
RIO JANº
Destino
 
ARARAS
Vapor
 
WASHINGTON
Chegada
 
03/11/1886
Nacion. Trad
 
ITALIANA - 16
ContaGov
 

Sexo
 

Religião
 

Ler
 

Profissão
 
JORNALEIRO
Fazendeiro
 

Observação
 
DATA DO CARIMBO: 30/11/86

Daí preciosas informações podem ser deduzidas:

  • Ele teria vindo primeiro que a família. A família do nonno veio em maio de 1887, e ele em novembro de 1886, com um intervalo de 6 meses. Isso era na época relativamente comum, pois vinha primeiro uma pessoa para sondar o Brasil, e depois ele chamava o resto da família através de carta.
  • Ele passou primeiro pelo Rio de Janeiro, ao invés dos supostos familiares. Ou seja, seríamos quase-cariocas.
  • Veio só, com 22 anos (pelos documentos Italianos, teria 25).
  • O Registro do navio foi interpretado como Pallo, igual ao seu suposto pai.

Na ata de desembarque, na minha visão, o registro é Pollo (e não Pallo como interpretado pelo registro do memorial paulista):





Mas a maior pérola do registro: destino final em Araras. Isso é muito curioso e pode ser mesmo a pista que faltava para a localização de meus antepassados que busco há mais de 10 anos. Araras é uma cidade vizinha à Mogi-Guaçu, fazendo uma interessante coincidência com as informações que minha prima Terezinha possuía, mesmo sem ter muita certeza.

Uma observação importante: "Gio Batta" é uma forma Italiana de abreviar "Giovanni Battista".

E vamos à busca!!!! Se Deus quiser, maiores detalhes em breve.








terça-feira, 5 de março de 2013

O Grupo Escolar Guatapará


A Fazenda Guatapará também tinha um prédio para ensino, o grupo escolar Guatapará. Ele inclusive tinha nome de um italiano, Grupo Escolar Prof. Álfio Getúlio Schettini (conforme decreto estadual N. 49.968, de 12 de Julho de 1968):





O grupo já abandonado:


E o mais triste.Essa foto foi tirada por mim: o que sobrou da escola - os pilares que sustentavam o portão da entrada. Só isso.


Um fiel retrato do povo que não preserva sua cultura e sua memória, o povo do Brasil.